domingo, 20 de novembro de 2011

Círculo


(...)
Quem me dera
poder renegar-me
e renascer!
Renascer de olhos enxutos
e de coração frio.
Com a mão estendida
traçar um círculo;
nele me sentar e dele ver o mundo...
Círculo
que eu própria alargasse,
ou reduzisse...
Ó meu sonhado,
desejado
e nunca alcançado
campo de paz,
de conformação,
e de senhorio!

Irene Lisboa, "Um dia e outro dia...outono havias de vir",
 vol I - poesia I, Editorial Presença, p.233 (copiado do blog A CASA IMPROVÁVEL)

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