terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Confusão. É quando minha cabeça trabalha sem pausa. Quando os pensamentos se escondem e ficam apenas os fantasmas girando em torno de mim. O caos inicia quando eu paro de sorrir. Quando minha cabeça carregada de sentimentos deita sobre um travesseiro e ainda continuo ouvindo as vozes discutindo lá dentro. Quão particular é, sentar num banco e tentar fechar os olhos... Tentar limpar a mente do barulho que ecoa no seu crânio. Como se seu cérebro fosse uma casa revirada, com tudo jogado, ou uma discoteca tocando de tudo.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Correr


Que vontade de correr. Quando a gente corre, sente o corpo todo mover-se, os músculos se articulando, o ar nos pulmões, o impacto dos pés no solo, o vento no rosto... Traz uma sensação de estar vivo. Vontade de correr numa dessas manhãs frias, onde o ar é agradável, o sol brando não incomoda, nem a luz ofusca a visão. Vontade sim, de correr. Até deixar tudo pra traz, a idade, os sonhos, os amores perdidos, as dificuldades. Dizem que não se não tivermos sonhos, estamos mortos. Acho que todos morrem, os sonhadores e os que não tem um sonho sequer. a diferença é que, os sonhadores tem a falsa impressão de terem vivido mais, porque sonharam. Eu tenho sonhos. Só não espero por eles. Não mais. Assim é mais fácil. Ou covardia. Tanto faz. 

domingo, 20 de novembro de 2011

Círculo


(...)
Quem me dera
poder renegar-me
e renascer!
Renascer de olhos enxutos
e de coração frio.
Com a mão estendida
traçar um círculo;
nele me sentar e dele ver o mundo...
Círculo
que eu própria alargasse,
ou reduzisse...
Ó meu sonhado,
desejado
e nunca alcançado
campo de paz,
de conformação,
e de senhorio!

Irene Lisboa, "Um dia e outro dia...outono havias de vir",
 vol I - poesia I, Editorial Presença, p.233 (copiado do blog A CASA IMPROVÁVEL)

domingo, 6 de novembro de 2011

Eu

Eu. Esse sou eu. Sou eu quando estou fugindo dos fantasmas na minha cabeça. Sou eu cantando uma música boa. Sou eu quando conto os demônios no meu quarto. Sou eu, quando faço da desgraça poesia. Aquele que descreve o som em palavras. Sim, esse sou eu. Esse com humanidade lactente. Que fecha os os olhos ao som de um contrabaixo. Que fica feliz quando descobre que alguém que gosta se deu bem. Sou eu, esse ai. Que passa horas olhando fotos, lembrando dos tempos, bons e ruins. Que faz um balanço da vida a cada duas semanas. Sou eu.

sábado, 19 de março de 2011

Room in Rome

    Quem não sente falta de algo assim, tão intenso, tão completo... seria como se esconder numa fenda no tempo, e viver um amor, completo, cheio de toque, cheiro, medo, euforia, um coquetel de sentimentos sem definição, trazendo frio no estômago, desejos, sonhos...
Simplesmente perfeito...